Rack de parede para pranchas de Surf totalmente feito em Bambu.
2016-09-29 21:36:55
No site Prancharia agora voce encontra mais uma novidade que sao os racks de parede para pranchas de surf totalmente feitos em bambu.
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O começo no surf não é dos mais fáceis, são muitas informações para absorver, muitas variáveis que o tempo vai se encarregando de ensinar. Ao longo dessa jornada vai chegar o momento em que você irá se perguntar:
A quilha que eu estou usando esta correta? Como escolher a quilha da prancha?
Esse questionamento é importante pois as quilhas influenciam sim no desempenho dentro da água. E já te adianto que comprar a quilha igual do Kelly Slater não significa que você irá surfar igual ele. Principalmente porque a quilha que esta utilizando é para o peso dele, para condição de mar que ele surfa e outros fatores principais que vamos abordar nesse guia como:
Influência das Quilhas
Ok mas no que a quilha influencia quando você está na onda?
Vamos entender os 3 fatores principais: Drive, Pivot e Release
Definição: Fornece aceleração para frente (direção) e ajuda a manter a velocidade nas curvas
Características da quilha que influenciam: Base e altura da quilha (Área total)
Quilha Grande > Drive = Maior velocidade, porem a prancha fica mais presa nas curvas
Quilha Pequena < Drive = Prancha fica mais solta nas curvas, porem perde um pouco em aceleração.
Definição: É o comprimento do arco.
Características da quilha que influenciam: Inclinação (sweep), foil e altura (deph)
Menor inclinação = Menor Arco
Maior inclinação = Maior Arco
Definição: É a capacidade da prancha agarrar na água.
Características da quilha que influenciam: Curvatura, Área e tamanho da quilha central.
Quilha Maior = Maior sustentação
Quilha Menor = Menor sustentação
Geometria
Existem tamanhos que ficaram popularmente conhecidos como: G3, G5, M3, M5. Hoje em dia os mais comuns são: Pequeno (Small), Médio (Medium) e Grande (Large). Não existe uma padronização dos fabricantes quanto a esses tamanhos. Porem o que é levado em conta para informar o tamanho da quilha é a área dela e a indicação de peso do surfista recomendado pelo fabricante.
Normalmente segue essa relação de Tamanho quilha x Peso do Surfista:
Tamanho PP – Menos de 55 kg
Tamanho P – 55 a 70 kg
Tamanho M – 65 a 80 kg
Tamanho G – 75 a 90 kg
Tamanho GG – Acima de 90 kg
Quando maior a base mais drive e arcos mais longos. A prancha fica mais estável porem menos solta. Quanto menor for a base a prancha ficará mais solta.
É a profundidade que a quilha fica dentro da água. Quanto mais profunda for a quilha mais drive e hold ela terá. Ou seja proporcionará mais estabilidade. Quanto menor for a profundidade mais fácil a prancha irá desgarrar.
É o ângulo medido entre uma linha central do centro da base da quilha e o ponto mais alto. Quanto maior for o ângulo maior será o drive e o hold. E quanto menor for a inclinação mais fácil da prancha virar e inverter a direção.
É o formato da superfície interna e externa da quilha. Tem uma grande influência no desempenho da quilha. Os foils determinam como a água flui através da superfície da aleta. Você já deve ter ouvido falar de aerodinâmica, que é o estudo de como as forças do ar se compartam em um corpo sólido. O foil influência substancialmente essa questão porem na hidrodinâmica já que estamos falando de água. Afeta principalmente a velocidade e hold da quilha.
Existem 3 tipos de foils conhecidos:
Flat Foil:
A parte interna é plana e a externa curvada.
Proporciona mudanças rápidas de direção. E uma combinação de drive, pivot e hold. Utilizada nas quilhas laterais.
Inside Foil:
A parte interna possui uma curvatura côncava que melhora o fluxo de água sobre a quilha melhorando a impulsão e o hold e diminuído o arrasto. Utilizada nas quilhas laterais.
50/50 Foil:
Esse é o tipo de foil mais utilizado nas quilhas centrais na configuração de tri quilha e traseiras quando quad quilha. Distribui igualmente o fluxo de água. Entregando uma sensação fluida com estabilidade e controle.
Inclinação com relação a prancha:
É o grau de ângulo externo que uma quilha tem em relação ao fundo de sua prancha de surf.
Maior inclinação resulta em melhor resposta nas curvas e menor inclinação aumenta a volocidade.
Esse ângulo das quilhas em relação a longarina da prancha que define é o shaper conforme sua experiência. Maior angulo resulta em maior manobralidade, porem menor velocidade. A combinação ideal garante velocidade e manobralidade.
Mede o quanto a quilha se inclina e flexiona fornecendo curvas mais longas e suaves. Menos flexão torna a quilha mais rígida e, portanto, as curvas são mais nítidas, mais curtas e mais cortantes.
Porem essa carcteristica é muito subjetiva, mesmo entre os atletas profissionais, há quem prefira quilhas que tenham um grau de flexão e quem prefira quilhas extremamente rígidas.
O que recomendamos é que você teste as 2 opções e ache a que melhor combine com seu surf.
Materiais:
São as quilhas que se apresentam com valor mais baixo em relação as outras.
Indicação: Nível Iniciante até Intermediário
Valor: $
No mercado existem boas opções desse tipo de quilha. Que tem em sua composição o plástico e a fibra de vidro, que proporciona uma melhor performance quando comparada com a 100% plástico. Com a vantagem de ter o valor bem próximo a de plástico.
Indicação: Nível Iniciante até Intermediário
Valor: $$
Nessa categoria se encontram a maior variedade de quilhas do mercado, independente do tipo de encaixe. Em sua composição pode ser adicionado elementos como o Honeycomb, Coremat e fibra de carbono. Tem o preço mais elevado com relação aos outros modelos apresentados.
Indicação: Nível Intermediário até Profissional
Valor: $$$
Material extremamente leve e resistente. Normalmente é utilizado junto com a fibra de vidro. O que proporciona maior dureza e leveza a quilha. Porem é uma matéria prima cara (custa 12x mais que a fibra de vidro), a quilha acaba tendo um custo mais elevado da categoria.
Indicação: Nível Avançado até Profissional
Valor: $$$$
Setup
Quando o surf começou não existia outra opção além da monoquilha. Até que nos anos 40 o shaper Bob Simmons, estudioso da hidrodinâmica, decidiu utilizar 2 quilhas em suas pranchas.
Bob também fez as primeiras pranchas leves com um núcleo de espuma colado entre folhas de madeira compensada, trilhos de madeira balsa e envolto em fibra de vidro e resina. O que marcou uma das revoluções no surf.
Hoje em dia o setup de biquilhas esta bastante presente nas pranchas retro e fish model, com rabeta mais larga. Proporciona bastante velocidade porem diminui a capacidade de curvas rápidas com a prancha, resultando um surf mais clássico, fazendo a linha da onda.
Vale ressaltar que o lendário Mark Richards fez história ao vencer quatro etapas seguidas do circuito mundial: 1979, 1980, 1981 e 1982 utilizando as biquilhas.
Em 1980, o surfista e shaper australiano Simon Anderson estava se esforçando para encontrar uma prancha que funcionasse bem, especialmente em ondas de 2 a 4 pés. Simon viu um amigo, Frank Williams, surfando de biquinha com uma pequena quilha central que tornava o projeto da biquilha mais estável. Foi nesse momento que Simon decidiu fazer uma prancha de três quilhas com uma quilha de mesmo tamanho das laterais para dar estabilidade. Estava criada a triquilha.
Modelo que se tornou mais utilizado até os dias de hoje. Desde quem esta iniciando no esporte até para os profissionais do circuito mundial.
Esse setup é o que melhor se encaixa em todas as condições, ou seja, o mais versátil.
Não se sabe ao certo que foi o primeiro a criar o conceito de quatro quilhas, a ideia surgiu na década de 80. O conceito foi retirar a quilha central e utilizar duas pequenas quilhas na parte de trás, o que proporcionou maior velocidade e fazer uma linha diferente das triquilhas.
O setup teve destaque na vitória de Kelly Slater em Trestles 2012, alguns outros atletas utilizam quatro quilhas em condições especificas, de ondas rápidas e tubulares por exemplo. Mas sua presença não é quase notada dentro do circuito mundial, as triquilhas continuam sendo preferência geral.
Tipos de encaixe
Existem 10 tipos diferentes de plugs “conhecidos” conforme abaixo:
Porem os mais conhecidos e comercializados são apenas 3 deles.
Em 1990 o Australiano Brian Whitty criou uma das maiores inovações no design moderno das pranchas de surf o sistema FCS (fin control system) e que teve patente adquirida em 1995. Sua motivação foi de facilitar a produção de pranchas e proteger as quilhas durante as viagens. Já que na maioria das vezes as pranchas com quilhas fixas chegavam ao destino quebradas. Nos anos 90 cerca de 80% das pranchas feitas saiam com esse tipo de sistema de encaixe de quilhas. Vamos dedicar um próximo capitulo exclusivamente para a história da FCS.
Na sequência surgiram outros sistemas de encaixe similares, mas que não emplacaram no mercado com exceção do sistema Futures.
Em 1996 em Huntington Beach os irmão Longo que trabalhavam na fabricação de peças aeroespaciais utilizaram esse conhecimento na aplicação de algo que amavam, o surf. Focando sempre em inovação criaram o maior concorrente do sistema FCS.
Nesses 2 sistemas existe a necessidade de parafuso e chave para fixação das quilhas. Tentando inovar novamente o mercado a FCS criou o sistema FCS 2 em 2013. Com essa quilha você não precisa de ferramentas ou parafusos para fixação, somente por pressão as quilhas ficam presas (isso na teoria).
Teoria pois existem feedbacks negativos quanto a esse novo sistema. Tanto de surfistas que perderam as quilhas, quanto os que tem dificuldade de encaixar e retirar as quilhas. Essa reclamação fica evidente quando surgi no mercado uma “ferramenta” para colocar e retirar a quilha FCS 2, indo contra um dos conceitos dessa inovação.
Mas e quem comprar um prancha que tem o plug FCS 2 não pode mais usar FCS 1?
Pode sim, a vantagem é que com o plug novo ainda é possível utilizar as quilhas FCS 1 utilizando parafusos e adaptadores.
Qual é o melhor?
Existem admiradores dos 3 sistemas, não podemos afirmar qual é o melhor, é uma escolha pessoal. É possível adquirir as quilhas dos 3 sistemas de diversas marcas no mercado, feitas de composite, fibra de vidro e fabricadas no brasil e importadas, das mais baratas até as que custam o preço de uma prancha.
Concluindo
Depois de todas essas informações espero não ter lhe deixado mais confuso ainda.
O mais importante é ter uma quilha que lhe entregue aquilo que você deseja. Com essas informações acima é possível te dar um norte, um caminho inicial, que você pode mudar ao testar. Isso, testar, é o melhor caminho. Use novas combinações, tamanhos e formatos diferentes e veja qual o que se encaixa melhor para você para aquela condição de onda que você irá surfar.
Aloha e boas ondas!
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